SPFW Refugiado que desfilou no SPFW fugiu para não morrer


gusttavo vallentino

ronaldo Fraga usou a moda para ir além das passarelas e das lojas ao enfatizar as historiasde difulcudades e superacao dos refugiados  , no desfile do São Paulo Fashion Week, na última segunda-feira (25). Para isso, contou com cinco deles na passarela, incluindo o sírio Nour Koeder, de 24 anos, que deixou seu país aos 18 “para não ter que entrar no exército e morrer”, como disse em entrevista ao Terra .

O estilista de vestidos de noiva teve seu dia de modelo para expor as guerras civis, étnicas ou religiosas que obrigam as pessoas a fugirem. “É importante para mostrar o que acontece no meu país”, disse ele, que entrou com uma bandeira que lembrava a da Síria amarrada como calça saruel e camisa branca com respingos de sangue estampados.

Nour Koeder (direita), refugiado sírio, na passarela do São Paulo Fashion Week
Nour Koeder (direita), refugiado sírio, na passarela do São Paulo Fashion Week
Foto: Francisco Cepeda/AgNews
Primeiro, Nour foi sem a família para o Líbano. Depois, uma tia que vive no Brasil há 35 anos o convidou para vir para cá, onde está há dois anos. O jovem precisou superar a barreira do idioma, que conseguiu aprender em cerca de nove meses e hoje busca uma colocação profissional. “Trabalhei em fábrica de jeans no Brás, mas estou desempregado há dois meses.”

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